A torcida do Botafogo, sempre muito criticada por não comparecer ao estádio, resolveu dar as caras contra o Ceará. Ocupou todos os 42 mil lugares disponíveis e, ainda por cima, centenas de alvinegros, sem ingressos, ficaram do lado de fora. Revoltados e loucos para entrar, eles tentaram invadir o Engenhão. A Polícia Militar foi chamada e teve que agir com energia, dando início a uma grande confusão, que atrapalhou a entrada das pessoas que já tinham seus bilhetes. “Chegando ao estádio e vendo a situação, colocamos o Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios, da Polícia Militar) em ação, que se posicionou estrategicamente para separar os que tinham ingressos e os que não tinham. Houve muita confusão, sim, mas a culpa foi do torcedor que não adquiriu o bilhete antecipadamente e quis tumultuar porque não pôde comprar no estádio", finalizou Assumpção.
A partida realizada em pleno feriado - um dia de pouco movimento nas ruas - deixou claro que vai ser preciso um planejamento maior e melhor para o clássico entre Botafogo e Flamengo, no próximo dia 18, válido pela 24ª rodada do Brasileiro. Um jogo tradicionalmente marcado pela rivalidade entre as torcidas e que ainda por cima pode valer uma briga na ponta da tabela da competição.
"Seria muito mais fácil da minha parte dizer para todos comprarem os ingressos antecipadamente, mas isso é algo que ainda não existe na cultura do torcedor. Quem quiser comprar com antecedência, vai fazer de forma tranquila, segura e ordenada”, afirmou Assumpção.
"Ainda vamos estudar direito como será toda essa dinâmica para o jogo contra o Flamengo, para evitar novas confusões", admitiu o dirigente.
Procurado pela reportagem do UOL, o tenente-coronel Fiorentino, do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios, da Polícia Militar (GEPE) falou sobre a confusão no Engenhão.
“Tinham muito mais torcedores do que o estádio poderia comportar e milhares estavam sem ingressos. Nós não poderíamos deixá-los entrar. A nossa preocupação era com uma possível tragédia, casos como aconteceram no Maracanã em 92, quando a torcida do Flamengo caiu da arquibancada, e em 2000, em São Januário, na final contra São Caetano. Tentamos dialogar o máximo, mas alguns torcedores jogaram objetos no contingente para que estes saísse da frente do portão e eles invadissem o estádio. Neste momento fomos obrigados a utilizar a força, o que não queríamos fazer”, explicou Fiorentino, que já está pensando no clássico entre Botafogo e Flamengo no dia 18.
“Não me lembro se já teve antes essa procura toda por ingressos no Engenhão. Esse foi um problema novo que tivemos que lidar. Em clássico é diferente, o problema é o entorno do estádio. Nosso planejamento de segurança é feito a partir de cada partida. Agora, se os dois times, Botafogo e Flamengo tiverem bem na competição e houver a possibilidade de uma confusão, aí teremos que fazer um trabalho diferente”,finalizou.
A assessoria de imprensa da Suderj, que administra os estádios do Estado do Rio de Janeiro, não atendeu as ligações realizadas na manhã desta quinta-feira.
Antes do clássico contra o Flamengo, o Botafogo terá outro desafio pela frente. O Glorioso enfrenta o Coritiba, neste domingo, às 16h, no Couto Pereira.
Saudações Alvinegras!!!
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